terça-feira, 21 de setembro de 2010

Laughing At Midnight


Eu pensei, revirei minhas cobertas e travesseiros
Mas não houve nada que eu pudesse fazer.
Como se fosse um rio que desagua no mar
Eu rio sem pensar, rio sem parar
Rio, rio, rio... Só rio.
Ou então eu estou rindo de tanto rir
porque pensei num rio.

Mas o que significava essa minha risada
Eu não sabia explicar,
Uma graça do vento, uma brincadeira da lua.
Uma piscada que as estrelas me deram e eu fiquei sem jeito.
Oh Senhor, as estrelas estão apaixonadas por mim.
Mais uma risada chega, essa veio de dentro e quase me sufocou.

O movimento da cidade fascina meus olhos,
Eles deixam escapar um pequeno sorriso de admiração
E a cidade corresponde ao seu afeto.
Oh olhos bobos que apenas olham o exterior.
Quem pode imaginar os segredos que uma cidade, que é capaz de fascinar
meus olhos, pode guardar?
Eu rio quando penso que esses segredos não são tão secretos assim.

De tanto rir minha boca secou.
De tanto rir minha alegria passageira já acabou.
Agora eu olho para o céu e as estrelas já desistiram de me paquerar.
Agora eu olho para o céu e vejo o sol, amanheceu.
E toda a graça da madrugada esvaeceu.

Laughing At Midnight
(Rindo na Madrugada)

Ben-Hur Aguiar
21/09/2010 - 23:46

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