sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Paredes Cedendo

Num labirinto de infinitas sensações boas e ruins com caminhos nunca trilhados antes por mim,
eu me perdi e não consigo achar a saída.
Algo como uma brincadeira de criança, uma mera lembrança da infância.
Dias azuis e vermelhos. Triângulos e matemáticos.

Eu tento achar a saída dessa confusão, mas só me prendo cada vez mais.
As raízes do chão prendem meus pés e me mantém cada vez mais na realidade;
Mas para que continuar na realidade se ela só me faz sofrer?
Eu me pergunto isso todos os dias, tenham certeza.

As paredes do labirinto começam a desabar e os escombros se tornam areia movediça;
quanto mais eu me mexo mais eu fico preso. Então eu simplesmente paro de me mexer.
Fico parado, orando aos céus. Esperando uma saída.

O labirinto está se desfazendo ao longo das minhas orações e um herói veio me salvar;
não sei ao certo seu nome, mas o pronunciei mentalmente de forma exata.
O labirinto se desfez e eu voltei a caminhar, sucumbindo ao deserto da lua.

Ben-Hur Aguiar
17/12/2010

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